A dupla de praia José Pedrosa/Pedro Rosas poderá ser, em breve, integrada no Projecto Olímpico Pequim’2008. A exclusão de Miguel Maia e João Brenha, por falta de resultados compatíveis com o Nível 3 em que estavam integrados e pelo desfasamento temporal da lesão reportada a um dos atletas, abre assim uma «vaga», que Pedrosa e Rosas querem suprir.
“Nós estamos no Nível 4, quem sabe no três, devido aos resultados alcançados este ano, e, por isso, tendo em conta a saída da outra dupla, acredito que podemos ser integrados. Mas isso demora o seu tempo”, diz José Pedrosa, a O NORTE DESPORTIVO, explicando depois o procedimento que terá de ser tomado agora: “A Federação Portuguesa de Voleibol tem de seguir os trâmites estipulados, expondo, por carta, ao departamento de Apoio ao Projecto Olímpico, que existe outra dupla, que cumpre os critérios de Nível 4, e pode ser integrada no Projecto”.
José Pedrosa, que lembra que o Projecto “só contempla uma dupla, a que estiver num nível superior”, lamenta que “não possam ir as duas duplas aos Jogos Olímpicos”.
“O Projecto vive de resultados, os critérios são claros, mas demasiados elevados e, quanto a isso, não há nada a fazer. O Miguel e o João estavam no Nível 3 e nós no Nível 4, pelo que não podíamos ir a Pequim. Com esta exclusão, o mal deles acaba por ser o nosso bem”, lamenta o voleibolista do Leixões.
Em relação a apoios – e porque a dupla ainda vai ter de disputar 19 etapas do Circuito Mundial de praia entre 2007 e 2008 –, Pedrosa refere que “a situação continua complicada”.
“Não sabemos com que apoios podemos contar, além do patrocínio que já temos. Quanto ao treinador, mantemos contacto com um italiano, mas não está fácil e não queríamos seguir para a auto-gestão”, sublinhou, referindo que “não há, em Portugal, treinadores com experiência na praia” para orientar a dupla.
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