sábado, junho 24, 2006

O Nuno Rocha vai para lá...Força Esmoriz,,,,MAS QUANDO JOGAR COM O ESPINHO........

Nova direcção quer relançar o Esmoriz
O voleibol do Esmoriz, um dos clubes históricos de Portugal, tem uma nova cara. Eleita no início do mês de Maio para o biénio 2006/08, a nova direcção tem por objectivos prioritários restruturar "desportiva e financeiramente" o clube.
Sob a presidência de José Fardilha, o voleibol está a cargo do vice Mário Ramos e de Jorge Marques, que já vinha colaborando com a anterior direcção.

"Nos últimos anos não terá sido seguida a melhor estratégia para o Esmoriz que, neste momento, em termos financeiros, não atravessa um grande momento", assume Mário Ramos. Por isso, "é preciso fazer um rastreio em termos financeiros e parar com algumas situações que estavam a ir além das possibilidades do clube e pensar o que fazer para relançar o Esmoriz", explica.


"Campeões em quatro anos"

Para já, e de acordo com o mesmo dirigente, "a estratégia passa por construir o novo plantel apostando essencialmente na juventude, misturada com a experiência de alguns jogadores que possam continuar. Para isso teríamos de ter uma equipa técnica que tivesse esta preocupação, de formar e competir ao mesmo tempo. Este é um projecto a quatro anos, mas não quer dizer que as coisas não possam acontecer antes."


"Situação financeira não é famosa"

Apesar dos bons resultados desportivos conseguidos pelo clube – terminou o último campeonato em terceiro – a situação financeira "não é famosa. E esse é um dos motivos pelo qual tivemos de parar com a compra de jogadores. A cada ano que passa aumenta o passivo. Sabendo da situação em que se encontrava o clube queremos, primeiro, estancar aquilo com que nos deparávamos e, depois, relançá-lo. Por isso, grande parte dos jogadores – que não eram tão baratos quanto isso – estão de saída. Tivemos de utilizar uma política completamente diferente. O futuro está na juventude mas demora o seu tempo. É preciso trabalhar, dar oportunidades e voltar aos tempos em que o Esmoriz tinha praticamente 90 por cento dos jogadores formados nas suas escolas, quando foi considerado a universidade do voleibol. Quando entrámos, tínhamos consciência de que as coisas estavam difíceis, mas não sabíamos que estavam tão complicadas. Mas não é nada que com o tempo, organização, e contas muito bem feitas em termos financeiros – temos de começar a regularizar as situações dependentes e trabalhar com um "plafond" estipulado – se possa recuperar o clube da crise em que está."


"Se no futebol existe a marca Benfica no voleibol existe a EGC"

Para isso, a nova direcção entende que "a equipa de seniores terá de ser suportada exlusivamente por patrocinadores. A Câmara e a Junta de Freguesia apoiarão exclusivamente a formação. A marca EGC – Esmoriz Ginásio Clube – ainda tem algum peso a nível de voleibol. Se no futebol existe a marca Benfica, no voleibol existe a EGC. Há que saber explorá-la convenientemente. Para isso temos connosco o Pedro Maia, que já foi atleta do clube e trabalha na área do marketing", revela Mário Ramos.


"Direcção assume compromissos"

Uma das situações pendentes prende-se com alguns jogadores que já saíram do clube, bem como a anterior equipa técnica, que ainda têm verbas a receber. Mário Ramos adianta que está a tentar resolver a situação: "Esta direcção assume um compromisso da anterior direcção. Nem poderia ser de outra maneira. Mas estamos a envidar todos os esforços para regularizar a situação o mais depressa possível."


"Escolha do treinador não foi por questões técnicas"

Apesar de apostar num novo treinador, Mário Ramos e Jorge Teixeira deixam uma palavra de elogio à dupla anterior. "Foram extremante correctos connosco. São o exemplo das formas como conduzimos as coisas com toda a gente, ficando ou não no clube. A escolha do treinador não passou por uma questão de qualidade técnica. O Hugo Silva é um excelente treinador, terá um grande futuro à sua frente se continuar a trabalhar como até aqui. Mas a ideia que temos para relançar o clube tem a ver com um treinador com uma larga experiência no voleibol, um técnico formador e competidor."


"Futuro risonho"

Quando se redefinem objectivos, é normal haver reacções menos positivas por parte dos aficionados. No entanto, os dirigentes do clube da Barrinha esperam compreensão por parte dos adeptos. Jorge Marques revela mesmo que "uma das preocupações na altura de escolher o treinador teve a ver com isso. Termos um técnico de créditos formados para as pessoas perceberem que se tivéssemos que baixar um pouco o nível da equipa teríamos uma equipa técnica forte e que, com trabalho, o futuro será risonho."

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