quarta-feira, julho 19, 2006

DIFICULDADES ECONÓMICAS ASSOLAM O CLUBE DE COIMBRA


A Académica de Coimbra pode estar perto do fim. As graves dificuldades económicas sentidas pelo clube, já durante a época passada finda, que resultaram em dívidas aos treinadores e jogadores, implicam que o presidente da secção, Américo Forte, coloque agora em dúvida o planeamento da nova época.
“Com tudo o que se passou, com os patrocinadores a não darem o prometido e os directores a porem do próprio dinheiro para ajudar, quem é que pode planear uma nova época? Já perdemos jogadores, que até gostariam de continuar cá, e devido às dificuldades económicas estamos em risco de não saber o que fazer”, apontou o director.
Certo é que, até ao sorteio do Nacional da Divisão A1 masculina, que deve acontecer apenas no final de Setembro, a Académica “terá algum tempo para planear o plantel e saber se terá ou não ajudas”.
“Queremos uma equipa minimamente competitiva, que possa conseguir os objectivos. Certo é que não se podem passar as mesmas coisas da época passada, pois isso já se tornou incomportável para todos”, explicou Américo Forte.
O responsável lamenta que “um clube que é uma referência para a zona Centro do País esteja em risco de desaparecer por falta de apoios”, um clube que tem continuado apenas “devido à vontade dos responsáveis e atletas que, ao longo dos anos, têm feito «omoletas sem ovos»”.
“Sei que os atletas que vão embora e sabem desta situação ficam tristes. Atletas que são referências para os mais novos, pois temos formação feminina e masculina. Esta situação coloca tudo em causa…”, lamenta o dirigente, que revela ainda “que este é um problema que ultrapassa o voleibol e abrange todas as 24 secções do clube”.
“Esta é uma cidade de serviços, não tanto de grandes empresas, por isso os patrocínios são poucos. Sempre tivemos o orçamento mais baixo da A1, mas a nossa mística e história fez com que fizéssemos sempre muito com muito pouco. Mas agora as coisas estão mais complicadas”, concluiu.

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