A Federação Portuguesa de Voleibol deu, esta semana, uma versão distinta acerca da saída de Francisco dos Santos do comando da Selecção Portuguesa. O técnico brasileiro revelou, ainda em Rosário, na Argentina, que se demitiu por não existirem condições para continuar e pediu desculpa por alguns dos seus comportamentos no cargo. A entidade federativa, em contrapartida, apontou que Francisco dos Santos foi “dispensado do cargo”.
A súbita indisposição de Francisco dos Santos, no domingo, que o forçou a abandonar o comando técnico da equipa após o 2.º set do segundo jogo com a Argentina, foi a gota de água que levou o seleccionador brasileiro e o presidente da Federação Portuguesa, Vicente Araújo, a sentarem-se à mesma mesa para antecipar a rescisão do contrato, um desfecho que já se adivinhava mas que só se previa para depois do final da Liga Mundial.
“Entendemos que Francisco dos Santos não tinha condições para continuar a orientar a Selecção Nacional”, justifica Vicente Araújo que, logo após o encontro de domingo à noite, em Rosário, se reuniu com Chico dos Santos tendo colocado de imediato um ponto final no vínculo com o técnico brasileiro, que já não orientará a Selecção na última jornada da liga milionária.
Vicente Araújo não adiantou mais pormenores, mas desde os acontecimentos de Matosinhos – Chico dos Santos foi expulso no jogo com a Argentina por ter dado um forte empurrão ao segundo árbitro –, que se instalou algum mal-estar entre o dirigente e o técnico, adivinhando-se, por isso, o divórcio. Os maus resultados da Selecção Nacional também ajudaram – a equipa das quinas falhou o apuramento para o Campeonato da Europa e, na Liga Mundial, em 10 jogos somou apenas uma vitória.
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