A medalha de prata foi um fraco consolo para José Pedrosa, que se apresentou diante dos jornalistas com um extenso rol de críticas. “A medalha de prata sabe bem. Mas não entendo como é que sendo a dupla portuguesa mais bem classificada no ranking da FIVB, em 35º, não fomos a primeira dupla portuguesa no sorteio, sendo obrigados a fazer mais jogos”. O jogador português culpou “o “team manager” da delegação portuguesa de voleibol, que se preocupou mais com o voleibol de pavilhão”. “As equipas da praia estão entregues a si mesmas. Mas nós já estamos habituados a ser autónomos”, disse Pedrosa, referindo que quando a sua dupla necessitou de informação sobre os pormenores da organização só os recebeu através da Federação Portuguesa de Atletismo, a quem agradeceu o auxílio prestado.
A Federação Portuguesa de Voleibol acabou por tornar-se um dos alvos principais do jogador português, que já na final do campeonato nacional se mostrara muito crítico com a organização portuguesa.
“A Federação não dá nada, nada, nada. Nem um agradecimento, nem uma mensagem de telemóvel, faça uma pessoa um nono lugar, um 13º lugar, quer uma pessoa parta uma perna.... Temos é de agradecer aos nossos patrocinadores”, disse, concluindo: “o nosso objectivo é Pequim’08, mas a falta de apoios da FPV já colocou em causa a nossa participação. Precisava do apoio era para há dois anos atrás”, lamentou Pedrosa, considerando que Vicente Araújo, presidente da FPV, “tem outras prioridades”.
“Eu sou o nosso treinador, eu sou o nosso fisioterapeuta, sou o nosso desenrasca. Nós somos os monta-redes, somos os apanha-bolas, nós somos tudo. Sou eu que marco as viagens e sou eu que marco o hotel", desabafou o jogador português.
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